"Cerca de cem novos Técnicos Oficiais de Contas, muitos deles acompanhados de familiares e amigos, deslocaram-se, na tarde do dia 15 de Maio, à sede da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas para receber os certificados de membros da Instituição. Foram alguns dos 422 que foram aprovados no último exame de acesso à profissão, ao qual concorreram 793 candidatos.
Foi uma tarde de profundo simbolismo para estes profissionais. Provenientes de todos os pontos do País e portadores das idades mais díspares - um dos novos membros tem já mais de 51 anos e quatro têm entre 46 e 50 anos - estes novos TOC não deixaram passar em branco a oportunidade para conhecer mais de perto a sua nova "casa". E para que, literalmente, assim fosse, o programa iniciou-se com a visita aos seis pisos superiores da sede da Instituição. Acompanhados por colaboradores da Câmara, os novos membros ficaram a conhecer um pouco mais de perto o funcionamento e estrutura da CTOC a quem compete regular a profissão. Mais ficariam a saber quando, já no auditório, assistiram à exibição de um vídeo institucional, onde é contada, em poucos minutos, a história da CTOC e de algumas das suas realizações mais marcantes.
Num ambiente onde todos falavam a mesma "linguagem", Domingues de Azevedo orientou o seu discurso para as questões práticas e para o sentido ético que deve estar presente em todas elas: «Há valores que não podemos pisar, porque temos um conjunto de normas que devemos cumprir», salientou o presidente da Direcção, que reforçou: «Nós não somos vendáveis. Há valores que são inalienáveis, seja a que preço for. É o nosso brio e a nossa competência que estão em causa.»
Socorrendo-se da sua experiência de três décadas como TOC, Domingues de Azevedo alertou para o aumento das responsabilidades e para os cuidados que é necessário adoptar na tomada de decisões, porque «vão ter os problemas nas mãos e vão ter que os resolver. A partir de agora serão responsabilizados por tudo o que fizerem.» Apesar do dia ser «de muita esperança», o responsável máximo da Instituição aconselhou os novos profissionais a não embarcarem no «facilitismo» e a guiarem-se apenas pela «própria cabeça. Nunca se guiem por aquilo que os outros pensam das coisas.»
Ante uma plateia heterogénea, Domingues de Azevedo lembrou ainda a relevância das funções de TOC - «as mais importantes que uma sociedade pode ter», opinou - e terminou com um pedido: «Pratiquem avenças dignas do vosso esforço e trabalho.»
Antes, já António Pires Caiado, vogal da Comissão de Júri de Exames Profissionais, em representação do presidente, Pedro Roque, dirigira já breves palavras, alertando para o facto de a inscrição na Câmara ser «a primeira de muitas outras barreiras que surgirão ao longo da vossa vida». Este professor universitário foi categórico e incentivou os novos membros a nunca abdicarem «do rigor. Esta actividade não é fácil nos tempos que correm.»
O presidente da Comissão de Inscrição da CTOC felicitou também os novos membros e congratulou-se por estar diante dos «profissionais do futuro», que iniciaram «uma caminhada que não será nada fácil.» Porque o caminho terá dificuldades, Ezequiel Fernandes vê no triângulo constituído pelo «respeito, integridade e coerência» um precioso auxiliar para prevenir e ultrapassar momentos desagradáveis. «Da nossa parte, tentaremos ajudar no eu for possível.»"
(no sítio da CTOC - http://www.ctoc.pt/noticias_site/detalhes.php?id=17021)
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